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Hemocromatose: Pele, Diagnóstico, Exames e Dieta

Ao contrário da anemia, caracterizada pelo baixo índice de ferro no organismo, a Hemocromatose trata-se de uma predisposição do organismo para a absorção, excessivamente acima do padrão, de ferro da alimentação. Ocorre da seguinte forma:

Além de ser uma enfermidade de caráter hereditário, a maioria dos indivíduos acometidos por ela, geralmente demoram anos a fio para conseguir descobrir sobre a existência da condição. Essa demora acontece porque o ferro vai se acumulando de forma gradativa no organismo, e apenas quando atinge certo limite que o organismo começa a manifestar os sintomas típicos do problema.

Pessoas de aspecto caucasiano apresentam mais propensão à desenvolver a Hemocromatose. Menos de um por cento da população nórdica ou Celta é atingida por ela e cerca de meio por cento acaba tendo a versão genética da doença.

  1. Principais tipos de Hemocromatose

Existem diversos tipos de doenças que se manifestam de formas distintas, por isso recebem classificações. O mesmo ocorre com a Hemocromatose, que é organizada em quatro versões básicas que explicaremos um pouco mais adiante:

Há dois subtipos dessa versão da doença, cuja forma de mutação ocorre igualmente no gene HFE. A única distinção é que cada uma das subdivisões acaba se caracterizando por tipos de mutações diferentes. Vale enfatizar que o Tipo um da Hemocromatose se define por sofrer mutação no seu gene HFE enquanto que nas próximas que veremos são definidas como não-HFE.

Boa parte dos casos confirmados são desse tipo da doença e apesar da Hemocromatose ter incidência frequente nessa versão da enfermidade, quando se fala das outras versões ela ocorre de forma raríssima. De maneira geral, os sintomas típicos e a maneira de trata-los se assimilam em todos os casos.

Inclusive é importante delinear que quando o gene é modificado consequentemente acaba sofrendo alterações, que acabam mudando a verdadeira causa provocadora da acumulação do ferro no organismo. Em cada uma delas, os níveis de variações são irrelevantes.

Entenda sobre a Fisiopatologia

De forma geral, a totalidade de ferro que precisa existir no corpo humano é de duas gramas e meia para o público feminino e de três gramas e meia para o público masculino. Mulheres tendem a ter sintomas bem depois do período da menopausa, enquanto que eles costumam se manifestar com mais incidência no caso dos homens.

O dispositivo voltado para sobrecarregar ferro em ambas as versões de Hemocromatose, trata-se justamente do que faz com que o componente seja absorvido em maior grau através do Trato Gastrointestinal, que desencadeia uma disposição de nível crônico no ferro presente nos tecidos. Existe também, outro dispositivo utilizado para controlar criticamente o processo de absorção do ferro. Ele é conhecido como Hepcidina e se trata de um Peptidio que se deriva da região do Fígado. O mesmo apresenta nuances positivas na medida em que o ferro se acumula anormalmente, por intermédio da sua capacidade de inibir a Ferrorpotina, que inclusive faz parte do processo de absorção do componente.

Para se ter uma ideia, todos os tipos de Hemocromatose apresentam mesma base de caráter patogênico (como por exemplo quando ocorre e falta da síntese ou da atividade que deve ser desempenhada pela Hepcidina) e mesmas características de caráter clínico.

Basicamente, todas as lesões presentes nos tecidos podem ser decorrentes de radicais livres do tipo reativo que acabam estimulando a acumulação do ferro na região danificada. Alguns outros dispositivos existentes são capazes de atingir os órgãos de forma peculiar e única, como ocorre quando a melanina da pele fica elevada por conta da sua hiperpigmentação.

Conheça os três tipos de sobrecarga de ferro no corpo:

Existência de quadro anêmico, que acaba carregando o ferro;

Existência de Talassemia maior;

-Anemia do tipo Sideroblástico;

-Anemia do tipo Hemolítico crônico;

-Excesso de ferro dietético;

-Excesso de ferro do tipo Parenteral;

-Realização prolongada de Hemodiálise;

-Existência de Hepatopatia crônica;

-Existência de Hepatite C;

-Existência de Hepatopatia do tipo alcoólico;

-Existência de Esteato-hepatite do tipo não-alcoólico;

-Existência de quadros de Porfiria Cutânea Tarda;

-Existência da Síndrome de Sobrecarga do tipo Dismetabólica;

-Sobrecarga de Ferro na versão Neonatal.

Vele enfatizar que nenhum desses fatores é capaz de evoluir a ponto de acumular ferro de tal forma que faça surgir a Hemocromatose do tipo hereditário.

Conheças as principais causas da doença

Quando o assunto é a Hemocromatose de nível primário, podemos afirmar que sua causa decisiva é o fator hereditário. Para quem não sabe, nosso corpo é constituído por vinte e três pares totais de cromossomos, o que resulta em quarenta e seis unidades deles. Os primeiros vinte e dois pares estabelecem as características físicas que uma pessoa terá ao nascer, e o vigésimo terceiro evidencia o gênero sexual.

Na medida em que o óvulo passa pelo processo de fecundação, todos os pares de cromossomos masculinos se fundem com os femininos, que é o que consequentemente irá dar a origem das quarenta e seis unidades do bebê. Caso haja algum tipo de modificação negativa nesse processo, é normal que haja o desenvolvimento de problemas de origem genética.

Se estamos falando de uma enfermidade do tipo recessivo, por exemplo, necessariamente estamos nos referindo a dois pares de cromossomos que foram atingidos diretamente por ela. Contudo, quando o tipo é dominante, significa que um cromossomo específico que apresenta alteração, provoca o surgimento da enfermidade.

Desse modo, para que a criança herde o tipo um, dois ou três da Hemocromatose, é necessário que pelo menos um de seus pais sofra com a doença em questão. Já no tipo quatro, a criança só terá o problema se ambos os pais também o tiverem.

Quem tem mais risco de desenvolver a doença?

Nesse tópico procuramos ar destaque ao grupo de indivíduos que estão mais propensos a desenvolver a doença de caráter genético. No geral, se você quer saber se tem chances ou não de ter a doença no nível secundário, precisa prestar atenção nas suas causas principais, pelo fato ela ter certa dependência com elas, por isso, uma vez tratadas, automaticamente a enfermidade vai ficando sob controle. Já no caso da doença genética, o próprio nome já diz quem tem chance de contraí-la não é mesmo?

A doença atinge ambos os sexos de maneira igual, e embora demore bastante para que os seus sintomas comecem a se manifestar, em decorrência do processo lento de acumulação de ferro nas regiões dos tecidos, trata-se de um problema no qual o indivíduo já nasce como ele. E mesmo sabendo que tanto o homem quanto a mulher são atingidos similarmente, é no público masculino que os indícios típicos da Hemocromatose costumam a aparecer com mais frequência. Sabe porque isso ocorre? Simplesmente porque a mulher perde sangue mensalmente, por conta do período menstrual, e isso consequentemente faz com que ela perca ferro nessa época. No geral, os sintomas no público feminino, começam a se evidenciar logo depois do período da menopausa, mas não podemos afirmar que esse fato seja regra. Pode acontecer de alguma mulher ter indícios antes disso.

Aliás, o fator idade não provoca nenhuma influência e o grupo de risco para o caso de uma Hemocromatose abarca apenas a população caucasiana. Claro que o problema pode sim atingir outros tipos étnicos, porém sua incidência é mais constante em pessoas de origem Dinamarquesa, Finlandesa, Islandesa, Norueguesa e Sueca, que é o que chamamos de indivíduos de origem nórdica, e nas pessoas que viveram na região do ocidente da Europa por pelo dois milênios antes de Cristo, que é o que chamamos de povo celta.

Quais são os sintomas da Hemocromatose?

Os sintomas podem variar de acordo com a quantidade e o local onde o excesso está acumulado. Eles geralmente aparecem quando a fase da doença já se encontra mais avançada e todos os tipos de Hemocromatose, menos o tipo 2, fazem o acúmulo de ferro de forma mais demorada, se estendendo por toda a vida do paciente. Por demorara anos para ser diagnosticada, quando isso definitivamente ocorre, os níveis de acúmulos já estão relevantes e por isso, quando os sintomas começam a surgir, significa na maioria das vezes que vários danos decorrentes dessa condição já foram provocados.

Há basicamente alguns sintomas gerais que podem ser caracterizados por:

Como o processo de diagnóstico é feito?

Para se diagnosticar um quadro de Hemocromatose, é preciso realizar exames sanguíneos e testes de genética. Saiba um pouco mais sobre cada um deles a seguir:

Tem como curar a Hemocromatose?

Para infelicidade de muitos, a doença não pode ser curada. Contudo, se for tratada corretamente, o indivíduo acometido por ela consegue ter qualidade de vida. Inclusive, vale lembrar que na maioria dos quadros da doença, é bem simples o processo de tratamento e embora seja consecutivo, não provoca nenhum tipo de efeito negativo sério no indivíduo.

Afinal, quais são as melhores formas de tratamento?

Basicamente podemos falar de dois métodos principais mais utilizados para o processo de tratamento de uma Hemocromatose: A Flebotomia e os remédios específicos. Em seguida nós explicamos melhor como se dá o funcionamento de cada um deles. Preste bem atenção:

Nesse caso, os hemogramas precisam ser feitos periodicamente a cada quatro ou oito semanas, visto que o acompanhamento precisa ser realizado. Todo o ferro que se acumula nos órgãos acaba sendo usado para suprir a necessidade sanguínea e na média em eu a Ferritina se normaliza, chegando a cinquenta nanogramas por mililitro, o processo de sangria pode ser diminuído. Na maioria dos casos, essa forma para tratamento não provocas danos no corpo do paciente.

Conheça alguns dos remédios utilizados no segundo método de tratamento

Sabemos que a função principal dos remédios é estimular o corpo a eliminar a sobrecarga de ferro existe não é mesmo? Porém eles apresentam custo bastante elevado e as consequências negativas decorrentes do uso faz com que esse método seja encarado como muito desvantajosos, porém existem casos que requerem essa forma de cuidado. As principais formas de aplicação de remédios são:

Fica aqui um alerta: Jamais se medique por conta própria ou eixe de usar um remédio sem a autorização do seu médico. Apenas o profissional é qualificado para te receitar o melhor remédio para o seu caso, definir a dosagem adequada e lhe orientar sobre o tempo mínimo de tratamento para a sua melhora. No caso de qualquer dúvida, não existe em conversar com o seu médico, pois ele que te ajudará a agir de forma segura sem prejudicar a sua saúde.

Como é possível conviver com a doença?

A partir do momento em que o paciente recebe o diagnóstico, ele precisa entender que vai ter que começar a controlar e manter regulado os níveis de ferro do seu organismo. Fazer o tratamento no decorrer da vida é fundamental e se possível o indicado é fazer o de Sangria que é mais vantajoso na maioria dos casos. Fazer frequentemente esse método não provoca influências negativas na qualidade de vida do indivíduo.

Além disso, cuidar da alimentação é importante, controlando-a a fim de que se previna futuros acúmulos indevidos de ferro no corpo. E não pense que retirar o ferro da dieta é a melhor opção, porque é ele que tem a função de produzir sangue. O ideal para quem tem Hemocromatose, é diminuir sua redução, não a abominar do cardápio. Utilizando uma alimentação adequada, muitas pessoas conseguem diminuir a realização de Sangrias para uma frequência de até duas sessões anuais.

Aliás, é fundamental observar os níveis de Hemocromatose, que variam de pessoa para pessoa com a doença. Cada um tem um ritmo diferente de se acumular ferro e por isso nem todo paciente precisa seguir uma dieta muito restrita. O ideal é falar com seu médico sobre isso e consultar um profissional de nutrição que te ajude a montar a melhor dieta para a sua condição.

Exagero não deve fazer mais parte do seu vocabulário. Mesmo que um alimento seja rico em ferro, ele não deve ser consumido excessivamente. Os vegetais, por exemplo, são ótimas fontes desse componente, porém saber comer de forma equilibrada é o que faz a diferença. Não corte nenhum tipo de alimento por conta própria, mas fique atento aos que precisam ser evitados nesse contexto:

Na medida em que um indivíduo vai recebendo o tratamento certo, ele pode ficar tranquilo que conseguirá viver normalmente e manter a sua qualidade de vida. Apesar da Sangria ser um pouco incômoda, quanto mais vezes ela é feita, mais vai se normalizando os níveis de ferro do paciente até ele não precisar mais fazer o tratamento com tanta frequência.

Conheça as principais complicações decorrentes da enfermidade

Se uma pessoa tem Hemocromatose e não cuida da doença, o acúmulo de ferro vai passando para os órgãos. E embora os sintomas demoras anos para se manifestar, quando isso acontece, dependendo do nível de ferro no organismo, já é o suficiente para provocar danos nos órgãos. Se por acaso, mesmo com a evidências dos sinais típicos, o indivíduo não procurar tratamento adequado, vários tipos de problemas podem surgir. Veja as principais delas:

É possível prevenir o aparecimento do problema?

Infelizmente não tem como nós fazermos algo que garante que nunca iremos desencadear a enfermidade, porque como vimos, trata-se de uma doença de caráter genético. Contudo, existem algumas técnicas que podem ajudar a diminuir as consequências negativas do problema, principalmente quando o assunto é cardápio alimentar.

O ideal é diminuir o consumo de alimentos que seja rico e ferros, como é o caso dos vegetais. Essa atitude auxilia a diminuir a acumulação do componente na corrente sanguínea. Relembrando que você não pode deixar de consumir esses alimentos, pois os mesmos são fundamentais para o bom funcionamento do corpo. Apenas reduza a ingestão. Aliás, apesar de poder ser grave, a maioria dos quadros de Hemocromatose são simples de se tratar, apesar dos sintomas demorarem muito para aparecer. Portanto, não deixe de ir em busca de ajuda profissional se houver qualquer suspeita mínima.